quarta-feira, 15 de setembro de 2010

SUGESTÃO ...

Leiam a Revista História da Biblioteca Nacional ( última edição).
Material de Estudo importante para reflexão sobre a Ditadura Vargas ...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

HISTORIA EM AÇÃO - REVISÃO


QUESTÕES VESTIBULARES UFBA 2010.

QUESTAO 01

A sociedade política é como um cabo composto de muitos fios: o fato de se acharem esses diferentes fios torcidos e enrolados uns sobre os outros aumenta não somente a força do cabo, mas também sua flexibilidade. Existem fios de interesses econômicos, fios de sentimento nacional e doméstico, fios de crença religiosa, fios de deferentes graus de experiência e educação. O próprio cabo é complexo por natureza, e mais complexo o fazem ainda os nós representados pelas dificuldades políticas que clamam solução; para uma política sã impõe-se, porém, uma condição, a saber: que não se deve recorrer ao exemplo de Alexandre, de desembainhar a espada para cortar o nó górdio. Qualquer imbecil poderá resolver os problemas do poder político pela lei marcial; mas ninguém, a não ser um imbecil, tomaria por governo semelhante processo. ( MUMFORD, s/d, p. 199).
A análise do texto e os conhecimentos sobre a organização das sociedades moderna possibilitam afirmar:

(01) A estrutura da sociedade política, na transição da Idade Média, para a Idade Moderna, caracterizou-se pelo entrelaçamento de fios amarrados ao pensamento teocêntrico cristão.
(02) A economia mercantil e os governos dos “príncipes”, nas cidades italianas do período renascentista, confirmam a complexidade, as força e a flexibilidade da sociedade política de sua época.
(04) “Fios de sentimento nacional” estiveram ausentes no processo político de unificação da Alemanha, ao longo do século XVIII.
(08) “Fios de crença religiosa”, aliados a fatores étnicos e territoriais, tem dificultado a construção e o reconhecimento de uma sociedade política de governo palestino no Oriente Médio.
(16) O uso da força para a manutenção da ordem pública, de forma temporária ou permanente, em sociedades democráticas ou não, constitui sempre um indicador de falência da sociedade política.
(32) Sociedades políticas organizadas em Estados Totalitários lançam mão, com freqüência, da solução do “nó górdio” para enfrentar dificuldades de ordem política.
(32) As cidades-estado representaram, ao longo da historia, a incapacidade de diferentes povos para se organizarem em sociedades políticas compostos por “fios” múltiplos e complexos.
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Questão 02

[...] Os historiadores discordam sobre a exata porcentagem de escravos na população total de Atenas no século IV, mas Moses Finley afirma que a proporção era tão grande quanto o conjunto dos estados escravocratas do sul, na América, em 1860, e que os proprietários de escravos na Grécia eram até mais amplamente distribuídos entre a população livre do que na América. A economia grega não era tão dependente da escravidão como as economias das Índias Ocidentais e do sudeste dos Estados Unidos; n entanto, Finley argumenta persuasivamente que a instituição era um elemento intrínseco à sociedade helênica. Além disso, “as cidades em que a liberdade alcançou sua expressão mais alta – mais claramente Atenas ---- eram cidades em que a escravidão florescia”. Assim, a historia da Grécia antiga apresenta o mesmo paradoxo que deixou os americanos perplexos a partir do século XVIII: liberdade e escravidão pareciam avançar juntas. ( DAVIS, 2001, p.53-54)

(01) As relações de produção do Feudalismo, ao estabelecerem os laços de dependência do servo ao senhor, alteraram, mas não extinguiram, as relações escravistas, que seriam retomadas e modificadas no contexto do Colonialismo Mercantil do século XVI.
(02) Ser proprietário de escravos, na Grécia antiga, não indicava, necessariamente, que o individuo fazia parte das elites ou das camadas dominantes, bastava-lhe ser livre e cidadão.
(04) A presença expressiva da escravidão, nas cidades gregas que mais cultivavam a liberdade e a democracia, constitui uma contradição quando comparada às concepções de liberdade e democracia elaboradas pelo pensamento liberal/ocidental do século XIX
(08) A expansão militar/imperialista do Império Romano, a partir do século III a.C., foi fator responsável pelo fortalecimento do caráter escravista de sua sociedade e pela dependência de sua agricultura e atividades urbanas da Antiguidade.
(16) O trabalho escravo era indispensável à sobrevivência econômica das metrópoles colonialista dos séculos XVI ao XIX, da mesma forma como acontecia nas sociedades escravistas das cidades gregas da Antiguidade.
(32) A origem africana e a cor negra identificavam o escravo e seus descendentes tanto nas cidades gregas quanto nas colônias do Novo Mundo, o que coloca as duas experiências escravistas no mesmo processo histórico.
(64) O avanço da urbanização, no Brasil Colonial, foi fator de desestimulo ao trabalho escravo, em virtude da ampliação do mercado de trabalho livre e assalariado, que atraia grande parte de componentes das classes desprivilegiadas coloniais, independente da situação civil ou da origem étnica.
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Questão 03

Salvador e o Recôncavo dependiam do sertão. Salvador necessitava da carne que o sertão fornecia. Carne, couro e sebo eram usados na cidade e no campo, e os engenhos precisavam igualmente de bois para o transporte, muitos também como força motriz. Grandes boiadas percorriam, às vezes, sessenta quilômetros por dia, com destino às feiras na orla do Recôncavo, onde um ativo comércio tinha lugar. A primeira dessas feiras foi Capoame, estabelecida por Francisco Dias d’Ávila em 1614; Localizada na paróquia de Santo Amaro de Ipitanga, próxima à atual Camaçari, a feira, realizada as quartas, prosperou e permaneceu a mais importante até a ascensão da feira de Santana, a “Princesa do Sertão”, na década 1820. Na década de 1720, o couro tornou-se importante produto de exportação na Bahia. Na frota de 1735, por exemplo, transportou 180861 meios de sola e mais de 11 mil peças de couro cru. Além disso, a indústria de fumo de Cachoeira dependia do couro para embalar os rolos e, assim, havia também uma demanda constante dentro da própria capitania pelo couro do sertão. (SCHWARTZ, 1995, p.88)
Considerando-se o texto, que trata sobre um dos aspectos da economia do Brasil Colonial – as atividades agropecuárias – e os conhecimentos sobre o tema, pode-se afirmar:

(01) A marcha do povoamento, nas terras do Brasil, nos séculos XVI e XVII, aconteceu com o deslocamento dos currais existentes no sertão em direção aos grandes centros urbanos do litoral.
(02) As feiras de gado, referidas no texto, se estabeleceram em momentos históricos diferentes, mas ambas foram responsáveis pelo povoamento e pela fixação de núcleos urbanos na Colônia.
(04) Os currais construídos no Vale do São Francisco garantiram, no século XIX, o intenso contrabando de africanos escravizados na fase posterior à Lei Eusébio de Queiroz.
(08) A produção de couro e derivados na Bahia esteve destinada ao mercado metropolitano e ao mercado interno, como atividade complementar da economia colonial.
(16) A vila da Cachoeira situada no chamado Recôncavo Sul da Bahia, além da produção de fumo, também atuou como pólo de produção açucareira e ponto de partida para a penetração no sertão.
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Questão 04

A política externa do Segundo Reinado girou em torno de dois eixos fundamentais: as relações privilegiadas com a Inglaterra, que foram interrompidas momentaneamente coma Questão Christie, e as constantes intervenções do Brasil na Bacia do Prata, que geraram conflitos com vários países da regiões, como, por exemplo, Argentina e Paraguai. (CÁCERES, 1993, p. 191).

Considerando-se o texto e os conhecimentos sobre a política brasileira no Segundo Reinado, pode-se afirmar:
(01) “As relações privilegiadas” referidas no texto dizem respeito a concessões especiais feitas pela Inglaterra ao Brasil, anistiando a dívida brasileira com aquele país por ocasião do reconhecimento da Independência.
(02) A chamada “Questão Christie” (1863) representa mais um episodio dos conflitos entre Brasil e Inglaterra, ocorridos no período mais agudo da pressão inglesa contra o tráfico de africanos escravizados para o Brasil.
(04) A dependência econômica do Brasil frente à Inglaterra, no período referido, comprova-se através dos empréstimos ingleses para obras de infraestrutura e as importações brasileiras de produtos daquele país por preços mais competitivos no mercado.
(08) O Brasil desenvolveu uma política imperialista de agressão sistemática contra os países com os quais fazia fronteiro, por ser a única monarquia entre os países republicanos da América do Sul.
(16) A pressão brasileira na região platina, na segunda metade do século XIX, explica-se, em parte, pelo temor do Brasil de perder o livre acesso à navegação comercial no Rio da Prata.
(32) Um dos desdobramentos da Guerra do Paraguai na política interna brasileira diz respeito ao fortalecimento do Exército e das reivindicações políticas dos oficiais de alta patente, ocasionando conflitos com o governo monárquico.
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Questão 05

TEXTO I
Narra a crônica que foi numa noite chuvosa do verão de 1939 que o mineiro de Ubá Ary Barroso (1903-1964) compôs Aquarela do Brasil, canção que divulgou a imagem de um país de natureza exuberante, de cidadãos de todas as classes e raças convivendo em alegre harmonia. Lançada num período de acirrado nacionalismo, Aquarela consolidou o estilo samba-exaltação e, com versos ufanistas, ajudou a elevar o gênero samba à categoria de símbolo musical nacional. (NARRA.... 2009, p. 178).

TEXTO II
Brasil, meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
Ô Brasil, samba que dá
Bamboleio que faz gingar
Ô Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor
Brasil, Brasil
Pra mim, pra mim

Ah, abre a cortina do passado
Tira a Mãe Preta do cerrado
Bota Rei Congo no congado
Brasil, Brasil
Pra mil, pra mim.
(BARROSO, 2009, p. 178)

A análise do texto, dos versos e os conhecimentos sobre as relações etnoculturais da sociedade brasileira permitem afirmar:

(01) A imagem de “todas as classes e raças convivendo em alegre harmonia” no Brasil, citada no Texto I, e a crença na inexistência de preconceito ou discriminação racial originaram o conceito de “democracia racial”.

(02) A expressão “mulato inzoneiro” referida no Texto II, traduz a imagem idealizada da malandragem alegre e inofensiva associada ao mestiço, geralmente pobre, sem profissão definida e habitante da periferia das grandes cidades brasileiras na primeira metade do século XX.
(04) O Brasil de 1939, dirigido pelo governo constitucional e democrático de Getulio Vargas, repeliu a poesia da Aquarela do Brasil por considerá-la pouco elaborada e distante do estilo clássico herdado da cultura européia.

(08) O “acirrado nacionalismo” a que o Texto I se refere se relaciona com ideologias nacionalistas cultivadas na Europa do período e constituiu a base teórica e política para a linha condutora do nacionalismo econômico do Brasil até o fim de Segunda Guerra Mundial.

(16) As expressões “Mãe Preta” e “Rei Congo”, presentes no Texto II, representam a situação de integração social e o reconhecimento da cidadania do negro nas diferentes camadas da sociedade brasileira, nos 1930-1940.

(32) O gênero samba antes cultivado pelas classes populares, foi apropriado pela filosofia política do governo de Getulio Vargas durante a Segunda Guerra Mundial, passado a compor um dos símbolos da imagem transmitida pelo Estado Novo para o exterior.
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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

LISTA DE EXERCíCIO

Questão 01 (UFJF) O golpe de 1937 instituiu no Brasil o Estado Novo, um regime autoritáro e centralizador, que produziu importantes impactos na economia e na sociedade brasileira. Sobre esses impactos assinale a alternativa correta:
a) retornaram ao poder os setores agroexportadores, o que conduziu a um retrocesso no desenvolvimento industrial brasileiro.
b) acentuou-se a presença do Estado na produção de bens e serviços, o que se evidenciou na edificação de empresas como a Comapanhia Siderurgica Nacional.
c) em virtude de seu alinhamento automático com os EUA na Segunda Guerra Mundial, o Brasil abriu seu mercado às importações, o que conduziu a um agravamento do déficit comercial do país
d)por força de seu caráter autoritário, o Estado Novo interrompeu o processo de criação da moderna legislação social brasileira, inaugurado no inicio dos anos 30
Questão 02 - (FUVEST)

Com meu chapéu de lado, tamanco arrastando,
Lenço no pescoço, navalha no bolso
Eu passo gingando, provoco e desafio
(Wilson Batiosta, 1933.)

Quem trabalha é quem tem razão
Eu digo e não tenho medo de errar
O bonde de São Januário
Leva mais um operário
Sou eu que vou trabalhar

(Wilson Batista/Ataulfo Alves 1940.)

Da compração entre as letras desses sambas depreende-se que:
a) as mudanças visíveis nos conteúdos dos sambas sugerem adesão à ideologia do Estado Novo
b) as mudanças significativas de conteúdos decorrem da valorização do trabalho industrial no Rio de Janeiro
c) as datas das composições correspondem ao mesmo período do governo de Vargas, indicando que mudanças são mera coincidencia;
d) as mudanças das letras não são significativas, já que ambas as composições tratam de problemas de gente pobre e humilde;
e) as letras das músicas estão distantes dos interesses politicos do Estado Novo, que não se preocupava em fazer propaganda.


Questão 03 (PUCSP) No Brasil, a CLT - Consolidação das Leis do Trabalho - foi criada pelo Decreto 5452, de 1943, em meio ao governo de Getulio Vargas, para reunir e sistematizar as leis trabalhistas existentes no país. Tais leis representaram a:

a) conquista evidente do movimento operário sindical e partidariamente organizado desde 1917, defensor de projetos socialistas e responsável pela ascensão de Vargas ao poder;
b) participação do Estado com árbitro na mediação das relações entre patrões e trabalhadores de 1930 em diante, permitindo a Vargas propor a racionalização e a despolitização das relações trabalhistas;
c) inspiração notadamente fascista, que orientou o Estado Novo desde sua implantação em 1937, desviando Vargas das intenções nacionalistas presentes no inicio de seu governo;

d) atuação controladora do Estado brasileiro sobre os sindicatos e associações de trabalhadores, permitindo a Vargas criar, a partir de 1934, o primeiro partido politico de massas da historia brasileira;
e) pressão norte-americana, que se tornou mais clara após 1945, para que Vargas controlasse os grupos anárquicos e socialistas presentes nos movimentos operário e camponês;

Questão 04 (FUVEST) A crise de 1929 provocou desequilibrio na economia brasileira devido:

a) aos altos invcestimentos financeiros dos produtores de café na bolsa de Nova Iorque
b) à aliança entre operários e camponeses contra a exploração do trabalho e ás greves em defesa da regulamentação do salário, férias e horário de trabalho;
c) ao livre-cambismo instaurado pelo presidente Washington Luis, que permitiu a substituição do café brasileiro pelo chá inglês;
d) ao aumento das exportações de café para o mercado latino-americano contra os desejos de seu principal comprador, os Estados Unidos
e) à súbita retração de demanda do café no mercado internacional e ao fracasso da política de valorização aritificial do produto.

Questão 05 - A partir de 1930, o Brasil inicia um processo de mudanças socioeconômicas que apresenta, entre suas características:
a) o progressivo aumento de poder das oligarquias cafeeira
b) o incentivo governamental à monocultura da cana e do café
c) o aumento do poder da burguesia como classe urbana ligada à industria e ao comércio
d) a supremacia do setor rural sobre o setor urbano
e) a paralisação do desenvolvimento industrial em virtude da queda da bolsa de Nova Iorque.

Questão 06 - Frente criada na década de 1930, reunindo setores da esquerda, da classe média e liberais afastados do poder, que defendia a suspensão definitiva do pagamento das dívidas do Brasil, a nacionalização das empresas imperialistas, a proteção ao pequeno e médio proprietário rural e entrega de terras dos grandes proprietários aos trabalhadores do campo e a instauração de um governo governo popular.

A descrição corresponde:

a) ao Movimento Sem Terra

b) ao Manifesto dos Mineiros

c) à Ação Integralista Brasileira

d) à Aliança Nacional Libertadora

e) ao Movimento Tenentista

Questão 07 Leia

O fato é que de obra de ficção o documento foi transformado em realidade, passando das mãos dos integralista à cúpula do Exército. A 30 de setembro, era transmitido pela " Hora do Brasil" e publicado em parte nos jornais.

Boris Fausto. História do Brasil: Edusp, 1996.

O documento a que o texto se refere ajudou Getulio Vargas a dar o golpe que criou o Estado Novo.

Trata-se do:

a) Plano Bresser

b) Plano Quinquenal

c) Plano de Metas

d) Plano Nacional de Desenvolvimento

e) Plano Cohen.

Questão 08

Em mio de 1938, os integralistas, prejudicados com a extinção dos partidos, desfecharam um ataque ao Palácio Guanabara que resultou em inúmeros mortos e no exilio de seus líderes. Para o governo Vrgas, a principal consequencia foi:

a) inclinação do governo para o fascismo, dividindo com este grupo o poder

b) o fortalecimento do poder pessoal de Vargas, reprimindo dissidentes

c) a entrada do Brasil na guerra ao lado dos países totalitário

d) a composição de um novo governo, tendo como base de sustentação integralistas e comunistas

e) a definição de uma politica externa favorável aos aliados e a democratização interna do regime.

Questão 09 - 1930: Vamos deixar como está para ver como fica.

1945: Vamos deixar como está pra ver como eu fico.

Máximas e minimas do Barão de Itararé, RJ. Record. 1987, p.67

As frases, atribuidas pelo humorista Barão de Itararé a G.Túlio Vargas, são evidentemente uma brincadeira com o nome do presidente da República e com as diferenças políticas entre 1930 e 1945. As alusões à posição de Vargas em 1930 e em 1945 referem-se, respectivamente à:

a) ausência de uma proposta de reformulação constituicional e à tentativa de manter-se na presidência num contexto de redemocratizações

b) aliança com a politica café com leite e à candidatura presidencial, por via direta, de Vargas.

c) manutenção do modelo econômico de base agroexportadora e à política industrialista voltada à busca da auto-suficiência nacional.

d) reiteração da proposta federalista da Primeira Republica e à defesa de um Estado em que o poder estivesse centralizado nas mãos do presidente.

e) dependência econômica em relação à Inglaterra e aos Estados Unidos e à tentativa de consolidar um Estado Nacional.

Questã0 10 Leia o texto a seguir.

Naqueles anos, a orientação autoritária do governo pretendeu compor doses complementares de repressão e doutrinação, a fim de construir sua base social de sustentação política. Retirando ensinamentos dos regimes opressivos - o nazismo e o fascismo -, que se multiplicavam na Europa nesse período, as autoridades federais procurariam tirar o máximo proveito das técnicas de propaganda e dos meios de comunicação social, muito especialmente do rádio. Os dois rituais básicos da nova ordem eram o discurso presidencial de 1º de maio no Estádio de São Januário e o noticiário diário de " A voz do Brasil".

O texto refere-se a que período da História do Brasil?

a) Estado Novo

b) República Velha

c) Período autoritário pós-1964

d) Período Jânio-Jango

e) Revolução de 1930.





terça-feira, 10 de agosto de 2010



ERA VARGAS: 1930 - 1945







Contexto histórico do período

Chama-se Era Vargas o conjunto das políticas econômicas e sociais introduzidas no país a partir de 1930, que marcaram de maneira indiscutível o processo de industrialização, urbanização e organização da sociedade brasileira.
O Era Vargas pode ser dividido em três fases:
* governo provisório 1930 a 1934
* governo constitucional 1934 a 1937
* governo ditatorial ou Estado Novo 1937 a 1945

GOVERNO PROVISORIO
Características:
Recebendo o poder, Getulio Vargas tratou de tomar medidas para assumir o controle político do país. Nomeou ministros de Estado de sua inteira confiança, fechou o Congresso Nacional, as Assembléias Legislativas Estaduais, as Câmaras Municipais; extinção dos partidos políticos; suspensão da Constituição Republicana de 1891; indicação de interventores para chefiar os governos estaduais.
Os “revolucionários” que apoiaram a chegada de Getulio Vargas ao poder não constituíam uma corrente única e homogênea. O grupo era formado por elementos de diversas tendências políticas, dentre os quais destacamos:
Tenentismo - desejava a centralização do poder, a nacionalidade das riquezas do país e se opunha ao coronelismo, que contaminava o sistema eleitoral.
Oligarquias estaduais (Minas e Rio Grande do Sul) – desejavam que o governo convocasse uma Assembleia Nacional Constituinte para elaborar uma nova Constituição para o país. O plano dos setores mais tradicionais da oligarquia (são Paulo) era recuperar o poder através de novas eleições, já que confiavam no seu domínio dos mecanismos do sistema eleitoral.
Na qualidade de chefe da Revolução, Getulio Vargas procurava evitar choques políticos entre os grupos que o apoiavam. Exercia o papel de mediador político.
Para chefiar o governo de cada estado, Getulio nomeou diversos interventores ligados ao tenentismo.

A Revolução Constitucionalista de 1932.

São Paulo foi o estado que mais saiu perdendo com o golpe de 1930. A crise da economia cafeeira e o fim da política dos governadores desestabilizaram a maior força econômica e política do país. A nomeação de um interventor federal para o estado, o tenente pernambucano João Alberto, inflamou a ira das oligarquias paulistas, que desejavam a volta do governo civil e a instauração de uma Constituição.
Tentando acalmar os ânimos, Vargas nomeou um interventor paulista, Pedro de Toledo, mas os problemas não foram resolvidos, pois os paulistas queriam a Convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte para dar ao país uma nova Constituição. O estopim do movimento ocorreu quando quatro jovens – Martins, Miragaia, Drausio e Camargo – foram mortos pelas tropas do governo. As iniciais de seus nomes MMDC passaram a designar o movimento.
No dia 09 de julho de 1932, explodiu a Revolução Constitucionalista: São Paulo reuniu armas e 30 mil homens para lutar contra o governo federal.
As tropas paulistas, formadas por soldados da policia do estado, recebiam a colaboração de muitas industriais de São Paulo, que ajudam na fabricação de material de guerra. Depois de três meses de combate e milhares de mortos e feridos, os paulistas foram derrotados pelas tropas federais. Embora derrotadas militarmente, os paulistas se consideraram vitoriosos em termos políticos, pois terminada a revolta, Getulio Vargas garantiu a realização de eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, que ficaria encarregada de elaborar a Nova Constituição.

A CONSTITUIÇÃO DE 1934

No dia 16 de julho de 1934, terminou o trabalho da Assembléia e foi promulgada a nova Constituição do Brasil, com as seguintes características:
Voto secreto – a eleição dos candidatos aos Poderes Executivo e Legislativo passava a ser feita mediante o voto secreto dos eleitores. As mulheres adquiriram o direito de votar. Continuavam sem direito ao voto, analfabetos, mendigos, militares até o posto de sargento. Criava-se uma Justiça Eleitoral independente para zelar das eleições.
Direitos trabalhistas – reconhecimentos dos direitos trabalhistas fundamentais, como salário mínimo, jornada de trabalho não superior a oito horas diárias, proibição do trabalho de menores de 14 anos, férias anuais remuneradas, indenização na demissão sem justa causa,
Nacionalismo econômico – as riquezas naturais do país, como jazidas minerais, quedas d`água capazes de gerar energia e outras, seriam propriedade do governo da União
A Constituição de 1934 estabelecia que, após sua promulgação, o primeiro presidente da republica seria eleito de forma indireta, pelos membros da Assembléia Nacional Constituinte, para exercer o mandato de quatro anos, que se encerraria em 03 de maio de 1938. Getulio foi vitorioso nessa primeira eleição, iniciando seu mandato presidencial.


GOVERNO CONSTITUCIONAL (1934-1937)

As ideologias políticas.

Durante o período em que Getulio Vargas governou constitucionalmente a nação, dois grupos políticos, com ideologia totalmente diversa, ganharam destaque na vida política do país. Trata-se da Ação Integralista Brasileira (integralismo) e a Aliança Nacional Libertadora (aliancismo).

O INTEGRALISMO

Contando com o apoio das oligarquias tradicionais e de alguns setores elitista (empresários, banqueiros), inclusive setores da igreja católica, o escritor Plínio Salgado criou a AIB, versão brasileira do nazi-fascismo. Em 1932, Plínio Salgado redigiu um Manifesto à Nação, contendo os princípios básicos do integralismo. Era uma espécie de cópia, adaptada ao Brasil, das idéias do regime fascista de Benito Mussolini e do nazismo de Adolf Hitler.
O integralismo defendia:

Combate ao comunismo – nacionalismo extremado – extinção dos partidos políticos e entrega do poder a um único chefe – estado com rígida disciplina e hierarquia – fiscalização das atividades artísticas.
O lema dos integralistas era Deus, pátria e família. Um lema bastante popular
que servia para encobrir a face autoritária do integralismo.


Deus – usava-se a religião para despertar no povo humilde um sentimento de resignação e conformismo diante dos problemas sociais e da exploração dos poderosos.
Pátria – representava a defesa de um nacionalismo fanático e agressivo. Nacionalismo suspeito, uma vez que a própria ideologia
Integralista era um “produto “importado.
Família – defendia-se uma sociedade em que a família seria submetida hierarquicamente ao Estado.
Os integralistas apreciavam demonstrar disciplina, hierarquia e organização. Distinguiam-se pelos símbolos que usavam e certas formas de saudação ( ANAUÊ).


O ALIANCISMO
Principal grupo político contrário aos integralistas era a Aliança Nacional Libertadora (ANL), cujos membros eram apoiados pelo Partido Comunista Brasileiro, por diversos líderes sindicais e por líderes tenentistas. Luis Carlos Prestes, que se tornara adepto do marxismo-leninismo, foi eleito presidente de honra da ANL.
A ANL era uma frente de oposição ao fascismo e ao imperialismo, composto por comunistas, socialistas e liberais antifascistas com propostas amplas de caráter popular e revolucionário. Declarava-se contraria, por exemplo, ao latifundiário e a favor da nacionalização das empresas estrangeiras, bem como da suspensão do pagamento da divida externa.
Temendo a expansão da ANL , o governo federal, apoiado pelas classes economicamente dominantes, decretou o fechamento de sua sede, em 11 de novembro de 1935. O chefe de policia de Vargas, Filinto Muller, acusava o movimento de ser controlado por “ perigosos comunistas” e financiado por estrangeiros.

A INTENTONA COMUNISTA
A extinção da ANL provocou a reação de alguns militares ligados ao Partido Comunista Brasileiro. Em novembro de 1935, eclodiu a chamada Intentona Comunista, ou seja, rebeliões militares em batalhões do RGN, Pernambuco e Rio de \janeiro. Todas foram dominadas pelas forças governamentais.
A reação armada dos revoltosos ofereceu ao governo o pretexto de que ele necessitava para agir energicamente contra os lideres de esquerda, destacadamente Luis Carlos Prestes, que foi preso em março de 1936. Juntamente comPrestes também foram presos diversos sindicalistas, operários, militares e intelectuais envolvidos em atividades contra o governo.

O GOVERNO DITATORIAL (1937-1945)
Vargas impõe o Estado Novo

Fazendo grande alarde sobre a “ameaça comunista”, Getulio Vargas decretou o estado de guerra que consistia na suspensão dos direitos e garantias individuais. Com isso as perseguições políticas aumentaram e as forças populares foram desarticuladas.
Aproximava-se a data das eleições presidenciais (o mandato de Vargas terminaria em 1938, segunda a Constituição), mas Vargas estava decidido a continuar no poder. As oposições políticas de São Paulo tinham lançado a candidatura de Armando de Sales Oliveira. Para disfarçar suas verdadeiras intenções, Getulio, demonstrando aceitar o jogo democrático, sem criar restrições a candidatura do escritor paraibano Jose Américo de Almeida. Ao mesmo tempo, o governo tratava de arrumar um pretexto para suspender o processo eleitoral.
Com a ajuda dos Integralistas, inventou-se que os comunistas programavam uma terrível ação – Plano Cohen - que tinha com objetivo derrubar o governo e promover assassinatos de várias autoridades políticas do país. O Plano foi divulgado ao público como um plano comunista descoberto pelo serviço secreto do Exército.
No dia 10 de novembro de 1937, Vargas decretou o fechamento do Congresso. Na mesma noite, em cadeia de rádio, anunciou ao povo brasileiro uma autoritária Constituição para a republica brasileira em substituição a Constituição liberal de 1934. Elaborada pelo jurista Francisco Campos, a nova Carta Constituicional imposta à nação ganhou o apelido de “polaca”, pois tinha como modelo a Constituição da Polônia, na época sob o regime fascista. Decretada a Constituição, iniciou-se o Estado Novo, período de governo sob o regime ditatorial inspirado no fascismo e no corporativismo, a exemplo da Itália e Alemanha.

A CONSTITUIÇÃO DE 1937

Características :
Centralismo e autoritarismo
Prorrogação presidencial para seis anos
Nomeação de interventoras para a chefia dos governos estaduais.
Proibição de qualquer tipo de greve
Vinculação direta dos sindicatos ao governo

Na ditadura de Vargas, os trabalhadores urbanos mobilizados pelo Estado tomaram o lugar dos partidos. A relação direta entre eles e o chefe de Estado ocuparam o lugar da representação política. A autonomia dos poderes Legislativo e Judiciário foi anulada –na prática, o Congresso Nacional permaneceu fechado durante sete anos de vigência do Novo.Estado
Outras características: culto a personalidade, nacionalismo, paternalismo, corporativismo. Esse modelo de estado não havia lugar para qualquer forma de oposição política.

A Ação Integralista desfrutava de uma relação privilegiada com Getulio antes de 10 de novembro. Seu chefe, Plínio Salgado, sabia do golpe em preparação e esperava participar do novo governo como ministro da Educação. Getulio, porém, tinha outros planos. Uma vez consumado o golpe, proibiu o funcionamento dos partidos. Isso incluía a AIB. E foi assim que Plínio Salgado ficou sem o prometido ministério.
De aliado de Vargas, os Integralistas passaram a oposição. Em maio de 1938, tentaram tomar de assalto o Palácio da Guanabara, residência do ditador não conseguindo.
Durante esse período, o governo exerceu uma ação enérgica e vigorosa contra seus adversários. Em todo o país vigorava o estado de emergência, pelo qual o governo podia invadir domicílios, prender pessoas e expulsar do país os lideres oposicionista assegurar o controle da nação, o Estado Novo impôs a censura prévia dos meios de comunicação, como jornais, radio, teatro e cinema. Essa censura era exercida pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda). Foi o DIP que criou a “Hora do Brasil”, programa radiofônico transmitido em cadeia nacional por todas as estações de rádio. Também criado o DASP.

ECONOMIA
Desenovlimento da Indústria de Base, com a criação da Cia. Siderúrgica Nacional, da Companhia Vale do Rio Doce, o Conselho Nacional de Petróleo (1940), buscando atender as necessidades impostas pela ampliação do parque industrial, organizou-se em 1942, o SENAI, em 1943 a CHESF.

PARTICIPAÇÃO NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
Getulio Vargas procurou manter o Brasil em posição de neutralidade e, com isso, tirar proveito do conflito mundial para obter vantagens econômicas para o país.
A partir de 1941, o Brasil passou a fazer acordo apoiando os Aliados. Em troca de seu apoio, o governo Vargas conseguiu arrancar dos EUA grande parte do financiamento que necessitava para a construção da CSN, em Volta Redonda, obra de grande importância para a industrialização do país. De sua parte, o Brasil comprometeu-se a fornecer borracha e minério de ferro para os Aliados e permitiu que militares norte-americanos fossem enviados para bases militares instaladas no nordeste.
A Alemanha reagiu à cooperação do Brasil com os Aliados. Ente fevereiro e agosto de 1942, submarinos alemães torpedearam nove navios brasileiros, afundando-os e matando 600 pessoas. A agressão militar nazista provocou indignação nacional, pressionando o governo a declarar contra a Alemanha, em grandes manifestações de rua liderada pela União Nacional dos Estudantes (UNE, criada em 1937)
Em 31 de agosto Getulio Vargas declarou guerra às potencias do Eixo. Em 1944, partiram para a guerra as primeiras tropas da FEB. Comandada pelo general Mascarenhas de Moraes, a FEB deslocou para a Itália mais de 25 mil soldados, que participaram de diversas batalhas como as de Monte Castelo , Fornovo,

A política trabalhista de Getulio
Durante o período getulista, o desenvolvimento urbano de São Paulo e Rio de Janeiro atraiu grande números de trabalhadores principalmente do nordeste. Toda essa massa de trabalhadores pobres veio engrossar a mão-de-obra das industrias de sudeste.
Com o progresso das industriais, cresceu o numero de operários. Ao mesmo tempo ampliou-se a consciência dos trabalhadores de que era preciso lutar por seus direitos.
Percebendo a crescente força da classe operário, Getulio Vargas elaborou uma política trabalhista que tinha dupla função: conquistar a simpatia dos trabalhadores e exercer o domínio sobre eles, através do controle dos sindicatos. Essa política inspira-se na Carta de Lavoro (Carta do Trabalho), do fascismo italiano.
Foram criadas nesse período inúmeras leis trabalhistas que asseguravam ao operário direitos básicos, como salário mínimo, férias, aposentadoria. Em 9143 essas leis foram reunidas na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

REPENSANDO O BRASIL
A década de 1930 foi marcada pelas obras literárias e cientificas, caracterizada por maneira de pensar a sociedade brasileira segundo novas diretrizes.
Não só nas ciências sociais vieram à luz estudos verdadeiramente revolucionários, porque revelavam preocupações de explicar nossas raízes. Ganharam espaços na literatura temas regionais, étnicos ou de critica social.
O ano de 1933 é decisivo nesse sentido. É o ano da publicação de dois livros que irão marcar as gerações intelectuais posteriores: Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freire, e Evolução política do Brasil, de Caio Prado Junior. Essas obras – juntamente com Raízes do Brasil (1936), de Sérgio Buarque de Holanda – representam um momento de “ redescoberta do Brasil, em oposição aos pensadores da Republica Velha. Esse período também foi enriquecido com obras dos poetas Alphonsus Guimarães Filho, Cecília Meireles, Vinicius de Moraes, Manoel Bandeira, Erico Veríssimo, Jorge Amado, Graciliano Ramos, João Cabral de Melo Neto, Clarice Lispector.

CONSTRUINDO O BRASIL

A década de 1930 marcou uma nova etapa na produção arquitetônica brasileira, não só pela crescente intervenção estatal na política de construções, como também na forma das construções e na utilização do material. Prenunciando essas novas diretrizes, mais inda evidenciando a preocupação governamental em estreitar relação com a Igreja Católica, o ano de 1931 assistiu a inauguração de um dos mais conhecidos monumentos da cidade do Rio de Janeiro: a imagem do Cristo Redentor, que está colocado no alto do Morro do Corcovado. Tem mais de 30 metros de altura e pesa 1.145 toneladas. Tem estrutura de ferro, sob a imagem de concreto, revestido de pedra sabão. A Obra do Cristo é do escultor francês Maximilien Paul Landovski.
Essa imagem do Cristo, de braços abertos sobre a Cidade Maravilhosa juntou-se a outro cartão postal da cidade: o bondinho do Pão de Açúcar, como ficou conhecido o teleférico inaugurado em 1912.

FIM DA ERA VARGAS

Valendo-se da força das armas, da censura, da perseguição política e de todos os demais instrumentos de dominação, Vargas manteve-se no poder até 1945, quando a derrota dos governos fascistas na Segunda Guerra Mundial tornou insustentável um governo semelhante no Brasil. Com a vitória aliada, os setores organizados da sociedade brasileira questionavam sobre a seguinte contradição: a FEB havia ido para a Europa lutar pela liberdade e democracia, contra governos totalitários, mas o Brasil ainda continuava vivendo sob uma ditadura.
Pressionado pelo desfecho da guerra, o governo não teve força para conter as manifestações de oposição. As forças políticas se organizaram em novos partidos: a UDN, o PTB, o PSD. O PCB continuava na clandestinidade; organização de classes como a UNE conquistavam espaço na arena política em formação. A imprensa cada vez mais burlava a censura e publicava artigos e entrevistas que continham críticas ao governo.
Tentando acalmar os ânimos, em 28 de fevereiro de 1945, Vargas baixou um Ato Adicional a Constituição de 1937 que determinava um prazo de 90 dias para o governo definir datas da eleições. Foram marcadas para 2 de dezembro de 1945 uma Assembléia Constituinte encarregada de elaborar uma nova Constituição e para realização de eleições. Getulio se comprometia, também, a não concorrer à Presidência da Republica.
O processo de transição da ditadura para um regime democrático transcorria com relativa tranqüilidade, apesar do inusitado fato de estar sendo conduzido, pelo próprio ditador, quando em meados de 1945, alguns dirigentes trabalhistas de orientação varguista, apoiados pelos comunistas – que de inimigos perseguidos passaram a aliados -,começaram uma campanha pela permanência de Vargas no poder .A campanha que ficou conhecida como queremismo por que sua principal palavra de ordem era “ queremos Getulio”, alertou as forças democráticas e os militares legalista para os riscos da repetição dos eventos de 1937, como cancelamento das eleições e o endurecimento do regime.
Diante dessa situação Getulio Vargas é deposto pelas tropas do exército em 29 de outubro de 1945 e a presidência da Republica foi entrega temporariamente a Jose Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal.


ASSUNTO: REVOLUÇÃO DE 1930 e a ERA VARGAS


I - A REVOLUÇÃO DE 1930



FATORES

Crise do café agravado com a crise de 1929 - A Crise de 1929 uma crise norte-americana que atingiu todo o mundo capitalista devido ao papel hegemônico dos Estados Unidos na economia mundial – teve reflexos graves no Brasil, pois os preços do café no mercado internacional caíram, bem como as exportações. Os estoques acumulavam. Vendendo pouco a receita caía, impedindo que o governo pagasse suas dívidas e investisse nos mais diversos setores.
Tenentismo – movimento de critíca ao governo e a situação do país, recebeu apoio das classes médias urbanas.
A quebra da política do café-com-leite: Sem avaliar a gravidade do momento histórico, o presidente Washington Luis rompeu com a política do café-com-leite, indicando um candidato presidencial paulista Julio Prestes, sepultando assim as ambições presidências do mineiro Antonio Carlos Ribeiro de Andrada.
Este, mais João Pessoa, presidente da Paraíba, resolveram apoiar a candidatura do gaúcho Getulio Vargas, criando uma chapa de oposição a chamada “Aliança Liberal”, que tinha como principais bandeiras: voto secreto, justiça eleitoral, voto feminino, anistia, estabelecimento de jornada de trabalho de oito horas.
É evidente que não existiam diferenças essenciais entre as duas candidaturas, pois, enquanto Julio Prestes representava os interesses da oligarquia cafeeira, Vargas defendia as aspirações das oligarquias que estavam alijadas do poder.
Os tenentes apoiavam as candidaturas de Vargas e João Pessoa, com exceção de Luis Carlos Prestes, que aderira ao marxismo e assinalava que Vargas, João Pessoa, Antonio Carlos e outros faziam parte das oligarquias das classes dominantes. Se eleitos beneficiariam apenas as elites e não os operários e camponeses.
Os efeitos da Crise de 1929 se faziam sentir; o povo estava descontente, desesperado, não deseja apenas mudanças de governo, mas sim mudanças sociais profundas. A Revolução social parecia estar em marcha,
as eleições foram realizadas e, como de hábito, houve fraude, só que de ambos os lados, porém a vitória de Julio foi relativamente fácil.
Aparentemente os derrotados aceitaram os resultados das eleições, contudo fatos novos iriam acirrar ainda mais os ânimos. Em 26 de julho de 1930, em uma confeitaria do Recife, João Pessoa foi assassinado. O homicídio foi motivado uma questão regional da política local paraibana. Apesar disso, houve uma grande comoção popular. A oposição aproveitou o clima para atacar o presidente Washington Luis.
Diante desse fato, Antonio Carlos de Andrada, presidente do PRM, reuniu a oposição e demonstrando uma grande lucidez política disse a célebre frase “Façamos a Revolução antes que o povo a faça!”
A partir da análise da frase de Antonio Carlos de Andrada, percebe-se que a chamada Revolução de 1930 foi o movimento sem a participação popular e sim um golpe, pois o presidente Washington Luis foi deposto por uma junta militar , Julio Prestes não toma posse e Getúlio Vargas é colocado no poder, iniciando assim a ERA VARGAS, que contextualizaremos a seguir .


segunda-feira, 26 de julho de 2010

DE OLHO NO VESTIBULAR DA UFBA

INSTRUÇÃO : Nesta lista de exercício você encontra apenas um tipo de questão:
Objetiva de proposições múltiplas – questões contendo 5, 6 ou 7 proposições, indicadas pelos números 01, 02, 04, 08, 16, 32 e 64.
Para responder a esse tipo de questão você deve:
Ø Identificar as proposições verdadeiras e as falas
Ø Somar os números correspondentes às proposições verdadeiras
Ø Marcar, na folha de resposta, os dois algarismos que representam o numero resultante da soma das proposições verdadeiras.
A não inclusão de uma proposição na soma significa considerá-la falsa
A identificação de uma proposição verdadeira como falsa ou de uma proposição falsa como verdadeira será considerada erro, descontando-se então:
Ø 0,5 (meio ponto) – para um único erro, nas questões com 5, 6 ou 7 proposições
Ø 0,75 (setenta e cinco centésimo do ponto) – para dois erros, apenas nas questões com 6 ou 7 proposições
Ø 1,0 (um ponto) – para dois ou mais erros, nas questões com 5 proposições; para três ou mais erros, questões com 6 ou 7 proposições.

LISTA DE EXERCICIO.

QUETÃO 01 UFBA. 2009

As eleições no Brasil não constituem uma experiência recente. O exercício do voto nas terras do Brasil remonta ao Período Colonial, desde a implantação do sistema de Capitanias Hereditárias, com a criação das Câmaras Municipais, nas vilas oficialmente estabelecidas por Ordens Régias;
As Câmaras Municipais {...} eram órgãos encarregados dos assuntos de natureza administrativa, política ou judiciária, cuja organização se da por membros eleitos pela comunidade. (CACERES, 1993. P.39)
De acordo com o texto e com base nos conhecimentos sobre eleições no Brasil desde 1532 – quando foi instalada a Câmara/Casa da Câmara em São Vicente – até os dias atuais, pode-se afirmar:

01- As eleições par composição das Câmaras Municipais no Brasil Colonial, ao privilegiar o direito de voto e de eleição aos senhores de terras, aprofundavam as diferenças sociais entre senhores, brancos pobres, negros e índios.
02- A divulgação das eleições no Brasil Colonial, que ocorria nos centros urbanos do litoral, ficava sob a responsabiidade dos órgãos da imprensa, controlados pelas Igreja.
04- As eleições, no Brasil Monárquico, eram consideradas censitárias e indiretas, porque se baseavam no censo que classificava os votantes, eleitores e elegíveis a partir de critérios de renda econômica e situação civil.
08- O cargo de Primeiro Ministro, no Brasil Monárquico, à semelhança do parlamentarismo inglês, era preenchido por eleições diretas, na qual apenas os escravos eram excluídos do processo eleitoral.
16- A Comissão Verificação dos Poderes – CVP -, ao expressar a vontade da maioria dos eleitores, na Republica Velha, garantiu o equilíbrio de poder entre os estados da federação brasileira.
32- A liberdade de imprensa oficialmente garantida pela Constituição Brasileira de 1988, ao lado do avanço tecnológico que impulsiona os meios de comunicação, permite a ampliação das praticas democráticas no país, apesar dos interesses políticos a que esses meios estão ligados.
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QUESTÃO 02 – UFBA. 2009

A Segunda Guerra Mundial intensificou o processo de descolonização e in dependência dos países asiáticos e africanos e muitos deles tornaram-se socialistas. Os aliados também dividiram a Alemanha em zonas de ocupação: soviética, francesa, inglesa e americana. Mas tarde, a zona soviética transformou-se na Republica Democrática alemã, também socialista (CÁCERESA, 1997, p. 400).
A partir da analise do texto e dos conhecimentos sobre o segundo pós-guerra, pode-se afirmar.

01 – A referida descolonização no continente africano propiciou a integração dos novos países como parceiros no processo de expansão do capitalismo internacional.
02 – O processo de descolonização, nos países asiáticos, assumiu o caráter de não violência e desobediência pacifica preconizada por Mahatma Gandhi.
04 – A presença da URSS na partilha do território alemão decorreu do fato de os soviéticos terem participado, como aliados, da vitoria das democracias contra o Eixo, formado pela Alemanha, Itália e seus aliados,.
08 – A construção do muro de Berlim (1961) decorreu do aprofundamento dos confrontos de interesses entre Estados Unidos juntamente com a Europa versus URSS, no contexto da Guerra Fria.
16 – A política da Perestróica e da Glasnost, instalada na URSS durante o governo de Mikhail Gorbachev, relaciona-se com o esfacelamento do sistema socialista na Leste Europeu.
32 – O desmembramento da antiga União Soviética propiciou o surgimento de movimentos nacionalistas nas republicas do Leste Europeu, resultando no reordenamento das fronteiras políticas naquela região.
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QUESTÃO 03 – UFBA 2001

A implantação da Republica no Brasil não foi fruto de um processo revolucionário em que os grupos populares tenham participado ativamente nem ampliou a representação política no país. Houve, sim, uma espécie de reacomodação entre os grupos dominantes, em síntese, proprietários de terras e/ou comerciantes e industriais, em torno das instituições políticas.
Com base nessas informações e nos conhecimentos sobre a República Velha, pode-se concluir:

01 – A marginalização de vastas parcelas da população rural nordestina criou condições favoráveis ao surgimento o cangaço e dos movimentos místicos.
02 – O tratamento dado pela classe patronal a operários imigrantes revestia-se de regalias e direitos não conferidos a operários brasileiros.
04 – A reurbanização da cidade do Rio de Janeiro foi a resposta dada pelo Governo Rodrigues Alves às reivindicações populares na Revolta da Vacina.
08 – A ação dos anarquistas nos movimentos operários, durante a República Velha, visava mobilizar o Estado e outras instituições para intermediar acordos entre trabalhadores e empregados como forma de manter a justiça social.
16 – A atuação si8ndical dos comunistas tornou-se mais ativa no Brasil, como reflexo da Revolução Russa de 1917.
32 – Perseguições a líderes sindicais e expulsão de operários estrangeiros foram alguns dos mecanismos utilizados para conter os movimentos dos trabalhadores.
64 – O movimento tenentista, claramente antielitista, acenou para a possibilidade de estender o direito de voto aos analfabetos, com o bjetivo de mobilizá-los contra as oligarquias dominantes.
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QUESTÃO 04 – UFBA. 2008

Na Idade Moderna, os intelectuais, sobrepujando a mentalidade medieval, criaram uma ideologia política do período, legitimando o absolutismo. Alguns, como Maquiavel, defendiam a teoria de que a política, representada pelo soberano, deveria atender ao “ interesse nacional”. Outros, como Hobbes, partiam da concepção de um “contrato entre governados e Estado”. Vários foram os pensadores que se destacaram na teoria política do período absolutismo.
((VICENTINO), 2003, p.205)
A partir da analise do texto e dos conhecimentos sobre as diferentes modalidades assumidas pelo Estado, pode-se afirmar:
01 – O inicio da Idade Moderna – século XV – todos os países da Europa já se estruturavam de acordo com os conceitos de Estado Nacional e de absolutismo, defendidos por seus teóricos
02 – O Estado Moderno efetivou-se em regiões nas quais foi possível definir fronteiras, estabelecer uma língua nacional, estruturar um sistema monetário e judicial valido para todo o território e ainda naquelas áreas em que o poder do soberano tornou-se incontestável.
04 – O Estado absolutista pensado por Hobbes fundamentava-se sobre os princípios democráticos, por defender um contrato entre governados e o Estado.
08 – A Cidade-Estado, contextualizada na Antiguidade Clássica, constituiu a base da organização política dos gregos, caracterizando-se pela autonomia, pela independência e pelo cultivo de regimes políticos predominantemente oligárquicos.
16 – A Itália, na Idade Moderna, extinguiu a presença de Cidades-Estado, constituindo um Estado Absolutista, à semelhança das monarquias ibéricas.
32 – A cidade do Vaticano representa a presença da Cidade-Estado na Itália contemporânea, sendo resultado de um acordo político estabelecido entre o Papa Pio XI e Mussolini, em 1929, pelo tratado de Latrão.
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QUESTÃO 05 UFBA. 2008
[As colônias] devem se constituir em retaguarda econômica da metrópole. Pois que a política mercantilista ia sendo praticada pelos vários estados modernos em desenfreada competição, necessário se fazia a reserva de certas áreas onde se pudesse por definição aplicar as normas de política econômica: as colônias garantiriam a auto-suficiência metropolitana, meta fundamental da política mercantilista, permitindo assim ao Estado colonizador vantajosamente competir com os demais concorrentes. (NOVAI, 1995, p.19-20)
A análise do texto e os conhecimentos sobre economia do Brasil Colonial permitem afirmar:

01 – O mercantilismo como político econômica constituía elemento favorável ao desenvolvimento social em beneficia das áreas coloniais.
02 – A economia colonial portuguesa estabelecida nas terras do Brasil – à semelhança das colonizações holandesa e espanhola no Novo Mundo – caracterizava-se por ser agro-mercantil voltada para a exportação e por explorar metais preciosos;
04 – O fracasso do mercantilismo na política colonial brasileira deveu-se à incapacidade de o Estado Português controlar o contrabando do tráfico de escravos indígenas destinados às colônias espanholas.
08 – A competição a que se refere o texto relaciona-se, entre outras razões, com a disputa, entre portugueses e holandeses, pelo controle dos portos de embarque de africanos escravizados no litoral da África.
16 – A auto-suficiência econômica buscada por Portugal dentro da política mercantil concretizou-se com a assinatura do Tratado de Mitheun com a Inglaterra, a partir do qual os ingleses ficavam proibidos de ter acesso aos portos brasileiros.
32 – A sobrevivência, na atualidade, das desigualdades sociais estabelecidas no Brasil, a partir da sociedade escravista, favorece a prática de relações de trabalho semelhantes ao trabalho escravo, especialmente de difícil fiscalização.
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QUESTÃO 06-UFBA. 2008

[...] O poder político na colônia estava descentralizado, situado nas unidades produtoras que ia surgindo. Toda a maquina governamental – muito precária, por sinal – aqui implantado visava aos interesses da classe proprietária de terras e de escravos, a classe dominante colonial.
Essa classe estava voltada para as suas fazendas, que muitas vezes se estendiam por mais de um município – a divisão político-administrativa das capitanias.
Seu poder e prestigio aparecia nas câmaras dos “homens bons”, isto é, donos de terras, milícia, clero. O mundo da cruz, que impunha com a espada sua civilização (ALENCAR, 1996, p.26)

Com base na análise do texto e nos conhecimentos sobre a relação publico - privado na história do Brasil, pode-se afirmar:
01 – A máquina administrativa do poder publica no Brasil Colonial, regidamente organizada a partir da metrópole, controlava cargos e funções publicas, mantendo sob controle a sociedade que então se formava.
02 – O poder privada, no Período Colonial, esteve representado pelas sesmarias=, enquanto o poder público, a partir da segunda metade do século XVIII, esteve representado pelas Capitanias Hereditárias e Capitanias Subalternas.
04 – As câmaras dos “homens bons” expressavam o entrelaçamento entre os interesses privados e o poder publico no Brasil Colonial, fenômeno que, com algumas modificações, transferiu-se para o Brasil Monárquico.
08 – As oliquarquias estaduais, na Republica Velha, a partir do controle do poder econômico e da posse de propriedades, garantiam a dominação do poder político, fundamentada no sistema eleitoral do voto aberto.
16 – A consolidação do poder do Estado Novo dependeu, dentre outros fatores, do apoio de empresários industriais paulistas, estabelecendo uma relação de dependência entre o poder econômico e o Estado.
32 – A Constituição de 1988, representativa da redemocratização brasileira pós-governos militares, garantiu cotas de participação de alto empresariado do Sudeste em órgãos do Governo Federal.
[64 – As câmaras municipais da atualidade, à semelhança daquelas da Época Colonial, não assumem funções legislativas, limitando-se a executar as decisões emanadas do Executivo Estadual.

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QUESTÃO 07 – UFBA. 2006

Em relação ao Socialismo Real, pode-se concluir:
01 – O papel determinante do Estado na elaboração dos planos que nortearam as estruturas e as relações econômicas resultou em uma experiência denominada de “ economia planificada”.
02 – As idéias de Karl Marx foram absorvidas e posta em pratica pela URSS com a implantação do socialismo via agricultura, após a “ Perestróica”, servindo também de modelo para países como Indonésia e Albânia.
04 – O socialismo praticado na Republica Popular da China difere do soviético, porque a fidelidade chinesa a sua tradições religiosas exigiu que o pais adotasse praticas menos duras no processo de implantação do regime socialista
08 – As relações entre o socialismo cubano e a URSS estabelecidas a parir da década de 60 do século XX alimentaram comercial e militarmente a ilha caribenha, o que condicionou a inevitável dependência econômica de Cuba frente ao Estado soviético.
16 – A Cuba socialista, apesar das pressões norte-americanas e de seu completo isolamento em relação aos países da America Latina, continua a promover movimentos armados radicais no continente, sendo atualmente a responsável direta pela manutenção dos grupos guerrilheiros na Venezuela, na Bolívia e no Brasil.
32 – A produção do espaço na União Soviética se fundamentava na estatização dos meios de produção e no poder do proletariado, expresso na ditadura de partido único com rígido controle sobre a sociedade.

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QUESTÃO 08 UFBA. 2006

Os usos, os costumes, as tradições, as técnicas e as formas de ser que caracterizam os povos ao longo da historia da humanidade e que constituem a cultura relacionam-se e influenciam-se mutuamente.
Com base nessa afirmação e nos conhecimentos sobre a cultura, pode-se concluir:

01 – Costumes cotidianos e técnicas de produção de utensílios eram passados de um povo para outro desde a Antiguidade, através do comercio, das campanhas militares e das migrações sistemáticas.
02 – A tradição oral como fonte de recuperação da memoraria nas sociedades modernas foi a extinta e superada pelo aparecimento da escrita e do registro gráfico dos fatos acontecidos ao longo da historia dessa sociedade.
04 – As expressões populares da cultura caracterizam-se pela diversidade de formas e origens, pela espontaneidade e pela marca das experiências regionais, o que contribui para a formação da consciência regional dos diferentes grupos sociais.
08 – A dominação política e militar por povos culturalmente diferentes daqueles que foram conquistados pode resultar em variadas formas de síntese cultural, observadas, dentre outras, através de transformações produzidas nas línguas faladas entre eles.
16 – Os povos ágrafos, por não usarem a escrita, valem-se de outros recursos para se comunicar, destacando-se, dentre esses, os rituais, as festas e as cerimônias, de cunho religioso e/ou profano.
32 – A preservação de hábitos do cotidiano e de valores antigos, por parte de populações das áreas rurais brasileiras, tem v=contribuído para impedir a penetração dos meios de comunicação mais eficientes, a exemplo do rádio e da televisão

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QUESTÃ0 09 – UFABA. 2006


ÁFRICA
Com o objetivo de estreitar os laços entre África e Bahia, existem em Salvador centro culturais representativos de Estados africanos: Casa de Angola, Casa de Benin e Casa da Nigéria. Dessas três regiões vieram os homens e as mulheres, cujos descendentes fazem da capital da Bahia a maior cidade negra das Américas.
Hoje, [25 de maio de 2005], quando se comemora o Dia da África, vale lembrar o trabalho que as casa africanas realizam para tornar sempre presente essa parentesco entre África e Bahia. Elas são responsáveis pelo intercambio de conhecimentos entre histórias e culturas semelhantes que, apesar da distancia geográfica, continuam tão próximas. ( RAMNOS, 2005, p.8)
A análise do texto e os conhecimentos sobre as relações entre África, Bahia e Brasil permitem afirmar:
01 – Bahia e África podem estreitar seus laços culturais, por que tanto uma como outra passaram pelos mesmos métodos de colonização adotados pelos portugueses, o que favoreceu o crescimento de uma numerosa população mestiça nas duas regiões.
02 – A Casa de Benin cultiva, na Bahia, as tradições históricas e culturais de africanos escravizados, trazidos para o Brasil, a partir do litoral do Dahomé, na costa atlântica da África.
04 – O imperialismo inglês, na costa atlântica da África, marcou profundamente a Nigéria, o que pode ser comprovado pelo fato de a língua inglesa ser oficial no país, apesar da manutenção de diversos grupos étnicos com línguas e culturas diferentes.
08 – Angola, Benin e Nigéria estão ligados à Bahia não só pela origem africana da população baiana, como também pela presença, naqueles países, de mercadorias baianas levadas pelo comercio colonial, a exemplo do açúcar, da aguardente e do fumo.
16 O Brasil distanciou-se do continente africano após a extinção do tráfico de escravos, situação que perdura até os dias atuais, tendo em vista que a política externa do país está concentrada na Europa Oriental e no Extremo Oriente.
32 – A África e a América do Sul se assemelham em extensão e localização geográfica, uma vez que são cortadas pelos mesmos paralelos, apresentam paisagens geográficas idênticas e se encontram em igual nível de desenvolvimento
64- A expansão do processo da tomada de consciência étnica por parte dos afro-descendentes baianos, ao lado de interesses definidos pelos próprios países de origem, tem possibilitado a manutenção dos centros culturais referidos no texto.
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QUESTÃO 10 UFBA 2001

Todos partiram alegremente para as trincheiras, imaginando que aquela seria uma guerra curta e vitoriosa. Um passeio. Soavam os hinos patrióticos, um coro unânime, exprimindo a força do sentimento nacional. A disposição era a de dar a vida pela pátria (REIS FILHO p.26)
Sobre a Primeira Guerra Mundial, a que o texto se refere, e outras crises que ocorreram no século XX, pode-se afirmar:

01 – Muitos dos fatores que contribuíram para deflagrar a Guerra de 1914 tiveram sua origem no século XIX, a exemplo do imperialismo e da corrida armamentista.
02 – O Pangermanismo e o Pan-Eslavismo expressavam sentimentos nacionais exacerbados e, através de propagandas de caráter ideológico, desenvolviam uma política voltada para o militarismo.
04 – O Tratado de Versalhes, que pôs fim à Primeira Guerra, representou o triunfo dos “ 14 pontos” propostos pelo presidente Wilson, garantia, portanto, de uma paz duradoura.
08 – Os insucessos do Comunismo de Guerra, imposto na Rússia, após a Revolução de 1917, provocaram a adoção da Nova Política Econômica, que teve resultados positivos.
16 – A eclosão de movimentos de esquerda na Europa, após a Revolução de 1917, contribuiu para o apoio dado pelas classes proprietárias às manifestações de caráter fascistas.
32 – A Crise de 1929 evidenciou o fracasso do planejamento econômico do governo norte-americano que, exercendo excessivo controle sobre a produção, provocou uma retração econômica no país.
64 – A “política de apaziguamento” sustenta pelas potencias ocidentais, no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial, contribuiu decisivamente, para o expansionismo nazi-fascista.

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QUESTAO 11 – UFBA 2002

Na virada do século XX, a Rússia ainda era um estado feudal. O czar Nicolau II governada, assim como fizeram seus ancestrais, como um monarca autocrático, sustentando-se em uma burocracia ampla e ineficiente. Sua vontade era imposta pela policia do Estado e pelo exército, e seus oficiais controlavam a educação e censuravam a imprensa. A situação era bastante favorável para uma revolução. ( ISTO É/GUINESS, p. 350)

A analise do texto e os conhecimento sobre a Rússia pré-revolucionária permitem afirmar:
01 – A característica feudal da economia da Rússia czarista pode ser comprovada pela concentração da propriedade da terra na mão da nobreza e do clero ortodoxo e pela exploração do trabalho da grande massa camponesa, reduzida a servidão.
02 – A Rússia, até a eclosão da revolução bolchevista de 1917, desconhecia os componentes da produção industrial, carecendo portando de qualquer experiência no campo da exploração de matéria-prima, da indústria de transformação e da produção para o consumo do próprio país.
04 – Os aspectos religiosos da cultura sempre foram pouco valorizados na Rússia pré-revolucionária, fator indicado como elemento facilitador da expansão e da aceitação de idéias marxista entre todas as classes sociais do país.
08 – O pensamento socialista marxista, apesar da censura à imprensa e à educação, expandiu-se na Rússia Czarista, através do Partido Operário Social-Democrata, no qual se destacava o grupo mais radical – os bolcheviques – que exigia a eclosão imediata da Revolução, seguida da implantação da ditadura do proletariado.
16 – A participação russa na Primeira Grande Guerra, como aliada da “Entente”, revelou a fragilidade de seu exercito e de sua economia, descontentou a população ferida pela mortalidade em massa de seus soldados e fortaleceu a oposição ao Czar, facilitando a eclosão da revolução bolchevique.

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QUESTÃO 12 UFNBA 2005

[...] Salvador cresceu como península - mar e continente confundidos -, misturando os apelos do mundo e o chamado da terra e assim podendo renovar século após século, sua aventura original. [...]
Agora, a cidade se instala em todo o seu sitio: os litorais, os vales, as encostas, os alagados, os morros [...]. Salvador se adensa e verticaliza. [...]. A cidade de hoje paga um pesado tributo à forma em que cresceu, em busca da modernização. [...] (SANTOS. In: A Tarde; 199. P.1)
Com base na analise do texto e nos conhecimento sobre a área metropolitana de Salvador e seus problemas, pode-se afirmar:
01 – A cidade de Salvador, cuja historia geológica compartilha um sistema de falhas tectônicas, teve o seu crescimento vinculado às características de sue sitio e apresenta inúmeros contrastes: físicos, sociais e econômicos.
02 – Salvador, a partir do século XVII, passou a acumular edificações militares, como o forte de São Marcelo e, ainda na segunda metade desse século, as edificações religiosas começaram a se destacar, e arquitetura civil se impôs com grandes sobrados e solares
04 – A cidade registrou grande crescimento populacional nos anos 50 e 60 do século XX, acompanhado de várias iniciativas no campo econômico, com destaque para a implantação da Refinaria de Mataripe, do CIA e, mais tarde, do Pólo Petroquímico de Camaçari.
08 – A recente expansão urbana concentrou-se em torno da baía de Todos os Santos, privilegiando a área historicamente conhecida como “ Cidade Baixa”
16 – As intensas transformações sofridas pelo espaço urbano-regional de Salvador, incluindo a inchação da cidade, mostra a carência e a ineficiência de políticas publica, resultando em um monumental e progressivo déficit social.
32 – A região Metropolitana de Salvador é a mais populosa do Nordeste e caracteriza-se pela cpnurbação de todos os municípios que a compõem.

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QUESTÃO 13 UFBA 2005

A história do homem tem demonstrado a procura permanente de sua harmonia com a natureza. O que não exime a degradação ambiental de ser considerada também histórica: inicia com a agricultura predatória na África ( 6.000 a.C.), continua com a quebra do equilíbrio natural decorrente da substituição da população nômade pela sedentária, como nas estepes da Ucrânia e América e intensifica-se com a implantação do regime capitalista. [...]. (CASSETE, 1991, p.20)
A análise do texto e os conhecimentos sobre as relações sociedade-natureza possibilitam afirmar:

01 – Os danos ao meio ambiente, nos países de economia mais desenvolvida e de crescimento industrial mais harmônico, foram praticamente sanados, em razão do consenso em torno do tratado de Kyoto.
02 – O co9nhecimento técnico – científico nos séculos XVIII, XIX e XX, possibilitado pelo capitalismo, contribuiu para reduzir a degradação ambiental, preservando a consciência ecologia.
04 – A crescente industrialização, o processo de urbanização, a mecanização da agricultura, a implantação de pastagens, a extração de recursos minerais e a exploração de recursos energéticos alteram, significativamente, a biosfera do planeta.
08 – Os problemas ambientais resultam da forma de apropriação e de transformação da natureza pelo homem, ou seja, das interações socioeconômicas, políticas e culturais produzidas pela sociedade no processo de sua construção histórica.
16 – O uso e o manejo inadequado do solo, nas regiões tropicais, levam à ocorrência de processos erosivos acelerados e a redução progressiva da produtividade.
32 – O fenômeno do “cerramento dos campos”, resultante da necessidade de os senhores feudais europeus defenderem suas terras contra a invasão dos bárbaros germanos, contribuiu para a esterilização dos solos cercados.
64 – Sociedades tribais africanas relacionavam suas atividades econômicas com as leis da natureza, praticando a rotação das terras e o deslocamento sazonal dos rebanhos.

REVISÃO I - TEMA : BRASIL - REPÚBLICA

Questão 01 (UNESP) “ O que há no Brasil de liberal e democrática vem de suas constituintes e o que há no Brasil de estamental e elitista vem das outorgas, das emendas e dos atos de força”
Raymundo Faoro. Assembléia Constituinte, a legitimidade recuperada, 1981.
a) Dê um exemplo de outorga, de emenda ou de ato de força, referidos pelo autor.
b) Qual o significado do termo Constituinte?

Questão 02 (UNIFESP) O Brasil, no século passado, vivenciou dois momentos de intensa criatividade no plano da cultura e das artes em geral.
Indique as características principais dos dois movimentos.
a) O dos anos 1920/1930
b) O dos anos 1950/1960

Questão 03 ( UNICAMP) No final da década de 1960, um representante do tropicalismo, Tom Zé, escreveu os seguintes versos:
“Retocai o céu de anil,
Bandeirolas no cordão,
Grande festa em toda a nação.
Despertai com orações,
O avanço industrial
“Vem trazer nossa redenção.”
(trecho da canção Parque Industrial)
Nestes versos o compositor faz uma referencia irônica à industrialização como principal objetivo dos programas de desenvolvimento nacional criado principalmente durante o governo de Juscelino Kubitschek, Analise o período apresentando as suas principais características